spot_img

Leia a nossa última edição

Chalé Agroecológico recebe 9º encontro da Rede de Museologia Social do Rio de Janeiro

Itaboraí foi palco do 9º Encontro da Rede de Museologia Social do Estado do Rio de Janeiro (Remus) em 19 de outubro. O evento, realizado no Ponto de Cultura Chalé Agroecológico, no bairro Sossego, em Itaboraí, reuniu uma diversidade de participantes interessados em temas como a importância dos conhecimentos ancestrais, a preservação da cultura alimentar local e o consumo de plantas alimentícias não convencionais (PANCs).

No encontro, foi compartilhada a troca de saberes sobre alimentação sem desperdício, a valorização de nutrientes encontrados na natureza e os benefícios dos alimentos livres de agrotóxicos. No quintal agroecológico do Chalé, os participantes puderam conhecer plantas como uvaia, picão-preto, ora-pro-nóbis, bertalha, erva baleeira e pariri. Esta última, conhecida por seus efeitos benéficos ao sistema imunológico, é amplamente utilizada por pessoas com HIV. Em uma mesa repleta de alimentos produzidos localmente, os visitantes puderam degustar e aprender sobre as propriedades de cada planta.

A professora Mariluce da Silva Coelho, idealizadora do Ponto de Cultura Chalé Agroecológico, zootecnista e também agricultora urbana, relatou as dificuldades na construção do Chalé e a relevância do uso de plantas medicinais e alimentícias para a saúde.

“Essa rica troca de experiências proporcionada pela visita guiada ao nosso quintal produtivo e ao acervo das Sementes Crioulas foi um marco para Itaboraí. A oportunidade de compartilhar nossos saberes sobre as plantas alimentícias tradicionais e a importância da preservação das sementes crioulas com os participantes da Rede fortalece ainda mais nosso compromisso com a valorização da memória e da cultura popular, que são ferramentas poderosas para a transformação social”, afirmou Mariluce.

Jean Carlos Rocco, agente cultural e também idealizador do Ponto de Cultura Chalé Agroecológico e do Museu Vivo das Sementes Crioulas, destacou a importância do evento para fortalecer a conexão entre o campo e a cidade.

Os participantes puderam conhecer o acervo de sementes e as plantas do quintal do Chalé, além do trabalho realizado pela Cozinha Popular Carolina Maria de Jesus, que promove a gastronomia inclusiva e a preservação cultural.

Entre os convidados, José Roberto Silvério, produtor de mel de São Paulo, ressaltou o valor da troca de saberes entre o campo e a cidade.

“Essa troca de conhecimentos é fundamental; eu, que venho de uma determinada região, preciso entender outros olhares. A apicultura precisa ser explorada a partir de um olhar não comercial”, comentou José Roberto, reforçando a importância da integração entre diferentes contextos culturais e profissionais.

O evento reuniu pessoas de diversos lugares, incluindo professores, advogados, historiadores, antropólogos e representantes de projetos sociais de São Paulo, São João de Meriti, Seropédica, Duque de Caxias, Pavuna e outras regiões. O encontro aconteceu das 10h às 16h.

Para quem deseja conhecer mais sobre os projetos desenvolvidos no Ponto de Cultura Chalé Agroecológico, acompanhe as atividades pelo Instagram, no perfil @chaleagroecologico.

Últimas Noticias

- Publicidade - spot_img
- Publicidade - spot_img

LEIA MAIS