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Há sete anos, o Chalé Agroecológico Quintal Produtivo, Cultural e Pedagógico promove cultura, conhecimento e alimentação sustentável

Há sete anos, nasceu em Itaboraí, na Nancilândia, o Chalé Agroecológico Quintal Produtivo, Cultural e Pedagógico. A iniciativa começou no quintal em caixotes, com cultivo desde hortaliças convencionais até plantas tradicionais alimentícias, com o objetivo de criar um lugar que vai além da produção de alimentos em pequenos espaços de base agroecológica. O projeto consiste em criar um ambiente multifuncional, onde em um simples quintal produtivo transformou-se em um espaço cultural e pedagógico, fornecendo alimentos frescos e saudáveis na comunidade.

Hoje, o Chalé Agroecológico se expandiu e funciona na Rua Afonso Viegas Garcia, 49, no Sossego, em Itaboraí, tornou-se um ponto de encontro para aprendizado prático sobre agroecologia, nutrição, culinária sustentável e conservação da biodiversidade, promovendo a segurança alimentar e a sustentabilidade ambiental. Além disso, busca empoderar os membros da comunidade, capacitando-os a cultivar seus próprios alimentos de maneira consciente e responsável. Ao mesmo tempo, o Chalé valoriza e preserva a diversidade de plantas e saberes tradicionais, promovendo uma conexão mais profunda entre as pessoas e a natureza.

O quintal é um espaço dedicado à promoção da agroecologia, cultura e educação, com o objetivo de fomentar a conscientização sobre a importância da preservação ambiental e da produção de alimentos saudáveis.

Sustentabilidade, valorização da cultura local, educação ambiental e respeito pela natureza são valores que os idealizadores do projeto carregam.

Os professores Jean Carlos Rocco, 45 anos, educador, agente cultural, extensionista rural e defensor popular das sementes ancestrais e da agrobiodiversidade, junto com a professora Mariluce da Silva Coelho, 50 anos, zootecnista e agricultora, sonham em continuar sendo referência em Itaboraí, fornecendo conhecimento à população e multiplicando seus saberes.

“Precisamos quebrar a monotonia alimentar. Aqui em nosso quintal, temos alimentos que podem ser consumidos por completo. Promovemos o consumo consciente. Nossa banana é um exemplo. Nada precisa ser desperdiçado”, esclarece Mariluce.

O Chalé, além de produzir, faz o aproveitamento integral e uso destes na fabricação artesanal de produtos, agregando valor.

O projeto está cadastrado no Fórum de Economia Solidária de Niterói e, atualmente, está comercializando na Loja da Economia Solidária em Niterói (Rua José Clemente, 33 – Centro) as bananas produzidas no quintal de Itaboraí. Esporadicamente, há oportunidade de comercialização em feiras do segmento de agricultura familiar, economia solidária e da agrobiodiversidade. Nestas oportunidades de comercialização, é aproveitado para promover diálogos sobre os sistemas alimentares, abordando temas como os métodos de produção, o valor nutricional dos alimentos e técnicas para aproveitamento integral dos mesmos. Além disso, é incentivada a adoção de práticas sustentáveis, como a implantação de compostagem doméstica, e promovidas reflexões sobre sustentabilidade.

“Para nós, é fundamental que nosso consumidor leve para casa não apenas os produtos, mas também uma bagagem de aprendizados e a certeza da importância da agroecologia em suas escolhas alimentares”, afirma Jean Carlos Rocco.

O projeto não recebe ajuda governamental, os recursos utilizados são dos seus idealizadores, que, para garantir sua sobrevivência, além de fomentar atividades educativas, promovem vendas de seus produtos, como bananas, pães veganos, bolos, livros, etc., em feiras e espaços que são convidados para divulgação do projeto. O Chalé Agroecológico também submete projetos para editais do setor cultural a fim de obter recursos.

Através da Lei Aldir Blanc, em 2020, o projeto foi contemplado recebendo auxílio para ajudar em seu funcionamento, sendo reconhecido como espaço de cultura alimentar de base comunitária, agroecológica e de culturas originárias, tradicionais e populares através deste edital. O projeto atualmente passa por um processo de certificação junto ao Ministério da Cultura para receber o selo de ‘Ponto de Cultura’.

O objetivo do projeto é produzir alimentos de base agroecológica em pequenos espaços, fomentar a inclusão, o acesso e a igualdade de direitos dentro dos processos de capacitação e educação popular na promoção da diversidade e da cultura alimentar através das práticas de agroecologia urbana, respeitando a identidade local, cultural, social e econômica de todos. A meta do Chalé Agroecológico é expandir sua influência e impacto, tornando-se um modelo inspirador não apenas em Itaboraí, mas em toda a região. A visão é de um futuro em que espaços semelhantes principalmente dentro dos centros urbanos se multipliquem, contribuindo para comunidades mais sustentáveis, resilientes e culturalmente ecológicas.

Para os idealizadores do Chalé Agroecológico, que completou em abril deste ano sete anos, seus maiores desafios continuam sendo a ausência de políticas públicas no município de Itaboraí de fortalecimento da agroecologia, produção orgânica e incentivos (editais) que fortaleçam este segmento, que fomentem a comercialização e uma infraestrutura adequada às necessidades dos produtores. Para o futuro, os responsáveis pelo projeto, Jean Carlos Rocco e Mariluce da Silva Coelho esperam que haja mais reconhecimento, fortalecimento e expansão em suas atividades de extensão, ensino e pesquisa, bem como cultura alimentar, segurança alimentar e nutricional, a implementação de tecnologias para mais conscientização, para que seja disseminado em Itaboraí e que esse modelo seja espalhado e multiplicado, despertando pessoas sobre a importância da agroecologia, fortalecimento dos laços comunitários e a disseminação de práticas sustentáveis.

Se quiser conhecer mais sobre o Chalé Agroecológico Quintal Produtivo, Cultural e Pedagógico, acompanhe o trabalho através das redes sociais Instagram @chaleagroecologico e marque uma visita. O Chalé fica localizado na Rua Afonso Viegas Garcia, 49 no Sossego, em Itaboraí.

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