Escrito por: Irene C. Violante
Em volta de uma barra de metal na vertical, a coreografia de uma dança suscita a admiração de quem observa. Este é o pole dance, uma mistura de dança e ginástica de movimentos livres, podendo, vezes, conter uma pitada de sensualidade. Apesar de muitas das vezes estar associado erroneamente a ambientes noturnos, o pole dance evoluiu para uma forma de expressão artística praticada por pessoas de todas as idades, gêneros e origens. Fenômeno em todo mundo, este formidável exercício combina força e graça, proporcionando uma experiência de dança cativante e favorecendo o aprimoramento do corpo e da mente.
A origem do pole dance é incerta. Acredita-se que sua origem tenha se dado nos espetáculos circenses do século XVIII. Nessa época, artistas realizavam acrobacias e movimentos de dança em mastros como parte de apresentações. No entanto, o pole dance moderno como o conhecemos hoje começou a ganhar popularidade nas últimas décadas do século XX. Alguns defendem que seu início se deu na década de 50, a partir de uma variação de um esporte indiano chamado mallakhamb. Outros afirmam que seu surgimento se deu na Inglaterra, em 1980.
Entre os benefícios de sua prática estão o desenvolvimento da força muscular, aumento da flexibilidade, melhoria da postura e coordenação. Além disso, o pole dance estimula a autoconfiança, promovendo uma conexão íntima entre mente e corpo. Esta fascinante dança transforma vidas e oferece uma jornada única de autodescoberta e empoderamento.
Viviane Cordeiro, de 34 anos, engajada nesta dança desde 2014, revela que grandes mudanças ocorreram em seu corpo ao longo da prática. Na mente, houve um aumento de conexão consigo mesma. A ansiedade e a depressão diminuíram de forma surpreendente. Foi uma terapia. Ela jamais imaginou que pudesse evoluir tanto com a atividade. O fato de não ter que seguir um padrão definido de movimentos, deixa-a bem à vontade com a dança. Apesar dos benefícios, sua prática exige desafios. O pole dance requer força; muitas partes do corpo são trabalhadas e o desgaste físico pode ser elevado para os iniciantes. Alongamentos regulares são essenciais para melhorar a flexibilidade ao longo do tempo. Não pense que você chega no studio e vai sair com todas orientações em dia e sem dificuldade. Isso no dia a dia é bem doloroso, mas prazeroso. A execução de certas técnicas e movimentos requer persistência e paciência. A aprendizagem de giros, inversões e truques leva tempo para ser dominada. O desconforto do atrito da pele com a barra também é uma das queixas mais frequentes, relata Viviane.
Em Itaboraí, o projeto Fidêncio Studio, dirigido por Thais Carvalho de 31 anos de idade, há dois anos oferece aulas para quem deseja se desenvolver nesta dança. Com grupos de até 6 pessoas, as aulas são dirigidas de forma personalizada à necessidade dos praticantes. Apesar das aulas serem particulares, em alguns casos, quando se observa forte interesse e desenvolvimento pelo candidato, uma bolsa de desconto é ofertada tornando os preços acessíveis. No espaço, os alunos ajudam na divulgação dessa arte, para que outras pessoas do seu convívio conheçam e desenvolvam essas habilidades que o Pole Dance dispõe. O projeto tem sido como uma rede de apoio que ajuda a superar-se a cada dia e desafiar-se constantemente. As dificuldades existem, nem todos os dias os movimentos saem como esperado. Mas é preciso persistir e avançar sempre.
A mensagem que fica para os leitores é: Mexa-se, desafie-se! Construa uma relação de amor sólida com si próprio e ganhe qualidade de vida. Para os que desejarem sair da mesmice, o estúdio está localizado na rua Raimundo de Farias, 115, sala 202, no centro de Itaboraí.
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