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Itaboraí a cidade do sono

Me chamo Isabela Terra, tenho 26 anos e sou de Itaboraí. Para conseguir terminar uma graduação e trabalhar, tive a necessidade de me mudar da minha cidade. Volto para Itaboraí a cada 15 dias. Infelizmente, a cidade onde cresci não me oferece oportunidades de desenvolvimento nem de permanência.

Para cursar uma faculdade no horário noturno, muitas vezes o aluno de Itaboraí precisa sair antes da aula terminar, perder conteúdo da aula para conseguir pegar o último ônibus ou van para conseguir voltar para casa, e ainda corremos o risco de ser vítimas da violência, como já ocorreu, fazendo o mesmo trajeto de volta para casa.

O custo para ter um crescimento pessoal, como cursar uma universidade ou conseguir emprego, vai além do monetário, perdemos tempo e qualidade de vida dentro de um transporte público de má qualidade. E quando chegamos em casa, não temos tempo para nada além de nos preparar para o dia seguinte, onde o ciclo se repete e passam-se semanas, meses e anos na mesma rotina.

Tudo isso devido à falta de estrutura de uma cidade que poderia oferecer muito se investisse em espaços para educação, geração de empregos e planejamento urbano. Enquanto isso não muda, Itaboraí continua sendo uma cidade do “sono”, onde voltamos unicamente para dormir e nos preparar para o dia seguinte, em outra cidade.

Isabela Terra, 26 anos, criada em Itaboraí, Rio de Janeiro, é graduada em Estudos de Mídia pela Universidade Federal Fluminense e atualmente atua como analista de Talent & Inclusion.

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