Bebê de menos de 2 meses morre na madrugada desta sexta-feira (26), horas depois de dar entrada no Hospital Desembargador Leal Júnior em Itaboraí. Um cansaço respiratório fez com que Lorrana Ferreira, mãe do bebê Betina Ferreira Roza, o levasse para o hospital de Itaboraí, onde passou por atendimento e fez exames.
Segundo familiares, na tentativa de remover secreções das vias respiratórias da criança, o médico aspirou seu nariz e garganta. Após esse procedimento, Betina começou a apresentar sangramentos frequentes, o que comprometeu sua capacidade de se alimentar naturalmente, sendo necessário inserir uma sonda para alimentação. Contudo, os sangramentos continuaram e pouco tempo depois da colocação da sonda, Betina veio a óbito.
Para Yuri Ferreira, tio de Betina, não adianta ter um hospital com uma fachada reformada, mas não investir em uma UTI pediátrica:
“A morte da minha sobrinha destruiu o sonho da minha irmã, do meu cunhado, dos meus pais e dos outros avós. Minha sobrinha foi muito desejada. É triste ver um hospital com fachada bonita, mas sem UTI pediátrica, um hospital maquiado, só aparência, mas com equipe médica despreparada. A dor, o ódio é grande, é nítido ver que minha sobrinha sofreu negligência médica”, desabafa Yuri.
O sepultamento de Betina ocorreu no domingo (28), no cemitério São João Batista em Itaboraí.
A causa da morte ainda não foi determinada, aguardando os resultados dos exames que estão previstos para serem divulgados em um prazo de 15 a 20 dias. Betina, que completaria 2 meses de idade nesta segunda-feira (29), era a filha única de Lorrana Ferreira e Vinícios Roza.
Em resposta, a direção do Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior informa, que a paciente deu entrada com quadro de falta de ar, já em tratamento após um atendimento anterior. Segundo a direção do hospital, a paciente foi assistida em todo momento pelos profissionais da pediatria, porém teve rápida piora do quadro clínico, sendo necessária intervenção intensiva, e evoluiu para óbito. O hospital informa ainda que vai abrir uma sindicância do caso e aguarda laudo da necrópsia. A Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) se solidariza com a família da paciente e se coloca à disposição.
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