Nesta quarta-feira (21), membros do Movimento em Defesa do Patrimônio Histórico de Itaboraí reuniram-se para expressar a preocupação com as recentes intervenções urbanas realizadas pela prefeitura de Itaboraí.
O foco da inquietação concentra-se no asfaltamento de áreas adjacentes a bens históricos da cidade, uma medida que, segundo os manifestantes, ameaça descaracterizar e comprometer a rica história local.
O evento contou com a participação de movimentos sociais e membros da sociedade civil.
Uma das principais preocupações levantadas foi a falta de consideração com a segurança dos pedestres e a preservação do ambiente histórico.
A ausência de sinalização adequada e o rápido tráfego de veículos, facilitado pelo asfaltamento, são vistos como fatores que aumentam os riscos para os visitantes e moradores locais.
Além das questões relacionadas à preservação histórica, o debate se estendeu aos impactos ambientais. Os participantes expressaram preocupação com o aumento dos alagamentos nas residências da comunidade, bem como com o agravamento do calor devido à expansão do asfalto na região.
Everton dos Reis, morador da cidade e coordenador do Observatório de Itaboraí, ressaltou a importância de considerar as consequências climáticas dessas intervenções.
“Colocar asfalto onde não é necessário, sem nenhum planejamento ambiental, sinalização adequada, só piora a situação dos moradores, que agora enfrentarão ainda mais problemas com o aumento do calor na cidade”.
A voz jurídica também se fez presente no evento, com o advogado Rogério Chagas da Conceição enfatizando a necessidade de preservar os bens históricos.
“Um bem histórico, seja ele tombado ou não, deve ser protegido”, afirmou o advogado. “Estes locais estão destinados à preservação para as futuras gerações e não podem ser descaracterizados de maneira irresponsável”.
Diante dessas preocupações, o Movimento em Defesa do Patrimônio Histórico de Itaboraí planeja continuar sua luta pela proteção e legado cultural da cidade, fazendo com que as autoridades municipais a considerem cuidadosamente os impactos de suas ações sobre o patrimônio histórico e ambiental.
A preservação desses bens é fundamental para manter viva a identidade e a memória de Itaboraí para as gerações futuras.