O esplendor das luzes natalinas chegou a Itaboraí; no entanto, o encanto natalino é ofuscado pelos notáveis gastos que têm gerado polêmica. A reportagem especial do RJ TV, intitulada “Natal de Mentirinha”, revelou cifras milionárias destinadas à ornamentação, suscitando questionamentos sobre as prioridades da gestão municipal. Em destaque no noticiário, a reportagem denunciou que aproximadamente 3 milhões de reais foram gastos para embelezar a cidade. O foco na preferência por árvores natalinas artificiais e a remoção das árvores reais também não foi bem aceito pela população.
A inauguração do ‘Natal Ita Luz’, realizada na Praça Amaral Floriano Peixoto, no centro de Itaboraí, em 08/12, contou com a presença do prefeito da cidade, Marcelo Delaroli, e fogos de artifício. No entanto, o custo de quase 3 milhões de reais provocou reações negativas entre os habitantes. O comerciante Gabriel Busquet expressou a indignação da população diante da falta de investimentos em necessidades básicas. “Não é prioridade para o município ter luzes de natal; o hospital daqui não tem insumos básicos, o desemprego aqui é grande, temos prioridades mais urgentes”, afirma Gabriel.
A reportagem não se limitou aos gastos extravagantes, destacando que Itaboraí figura entre os 35 municípios com piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) no estado. A escassez de infraestrutura básica, com apenas 20% do município com rede de esgoto, sendo que menos de 6% dessa rede de esgoto é tratada, revela um cenário de desigualdade que contrasta com os investimentos em decoração natalina.
Em resposta às críticas, a prefeitura de Itaboraí disse que o corte de árvores faz parte da reurbanização da Avenida 22 de Maio. Comprometendo-se com melhorias, como tratamento paisagístico e aumento do número de árvores.
O “Natal de Mentirinha” em Itaboraí destaca o delicado equilíbrio entre celebrações festivas e responsabilidade financeira. A polêmica levanta questões cruciais sobre a gestão de recursos públicos e a necessidade de priorizar investimentos que atendam às demandas essenciais da comunidade. O contraste entre o esplendor natalino e as carências sociais apela para uma reflexão sobre o direcionamento efetivo dos recursos em prol do bem-estar coletivo.
Foto: Prefeitura de Itaboraí
