Texto de Irene Graciete Cezario Violante
Passear de bicicleta é uma atividade que vai além do simples ato de pedalar, é uma experiência que nos conecta ao ambiente e promove uma sensação única de liberdade e bem-estar. Seja explorando trilhas naturais, percorrendo ciclovias urbanas ou desbravando cenários pitorescos, andar de bicicleta é uma maneira eficaz e prazerosa de se locomover, exercitar-se e apreciar a paisagem. Além dos benefícios físicos, o ciclismo também promove a sustentabilidade ambiental, sendo uma opção eco-friendly de transporte. Nesta jornada sobre duas rodas, é descoberto não apenas novos lugares, mas também a simplicidade e a alegria que a pedalada pode proporcionar.
Há quem ainda não saiba andar ou tem receio de desbravar lugares sobre duas rodas. Mas um recado: nunca é tarde para começar. Além de uma excelente forma de contribuir com a saúde cardiovascular, permite enriquecer a vida de divertidas experiencias.
Allan Macabú, 37 anos, operador financeiro, desenvolve um interessante trabalho através da bike. Morador de Nascença da cidade de Itaboraí, ele conduz pessoas a conhecerem pontos históricos por meio das pedaladas. Com um público de pessoas formado majoritariamente na faixa dos 30 a 40 anos, Allan apresenta pontos interessantes da região. Durante o percurso, os participantes, arejam a mente e adquirem conhecimento, tudo em contato com a natureza.
Tudo começou após um quadro de depressão. Cansado de só perceber uma exposição negativa do município, Allan decidiu publicar fotos que mostrasse a cidade sob uma ótica diferente, sob uma perspectiva que prioriza as belezas naturais e históricas. A partir daí ele decidiu apresentar a cidade não somente por fotos, mas também presencialmente. Deu certo! Ele atraiu a atenção de pessoas não só de Itaboraí, mas também de localidades próximas como São Gonçalo, Cabo Frio e Rio de Janeiro.
“E para melhor desfrutar dessa experiência com a natureza nada melhor do que passeando de bicicleta. Quem conhece a natureza, conhece a obra prima de Deus e tem a oportunidade de ter um dia de paz nessas terras que são abençoadas”, relata Allan.
Os passeios geralmente ocorrem aos sábados às 6:30h. A rota se inicia em Manilha e segue pela lagoa de São José, no Parque Paleontológico, atravessa a fazenda São Tomé, em Curuzu, cuja história remonta o período colonial e prossegue à Igreja Congregacional de Cabuçu, erguida a mais de 100 anos com uma arquitetura que se assemelha as igrejas norte-americanas. Alguns destes pontos, embora desconhecidos pelos moradores locais, já foram visitados também por turistas estrangeiros.
Entrando no contexto histórico, o alto do Gaia, próximo à divisa de São Gonçalo e Maricá, também faz parte do itinerário. Neste local de relevo constituído por rocha gnaisse tem se uma visão panorâmica de parte das cidades de Itaboraí, Tanguá e Guapimirim. Da Lagoa de São José, citada anteriormente, saiu o calcário que serviu de matéria-prima para a produção de cimento nas obras de construção da ponte Rio Niterói e do estádio do Maracanã. O próprio presidente da época, Getúlio Vargas, visitou a fábrica de cimento Mauá.
Allan deixa uma mensagem para os leitores: “olhem com bons olhos o que vocês têm por perto. Faz toda a diferença no mundo em que vivemos, pois, a depressão e a ansiedade reinam por causa de uma insatisfação dentro do ser humano. Tudo muda quando nós mudamos. É importante valorizar o que temos na nossa cidade. Nessa cidade temos a história do Brasil colonial e belezas naturais”.
Para finalizar, para quem deseja se juntar as pedaladas e conhecer mais profundamente sobre a cidade de Itaboraí, Allan convida a conhecer sua página no Instagram: @itaborai_bike_tour.


